Fiquei muito feliz com a boa repercussão da crônica ''A lenda das eleições''. Fiquei extramente radiante. Isso mesmo. Radiante. Muito obrigado por tudo, queridos amigos. Também foi um prazer enorme criar uma lenda inédita. Por causa dessa boa repercussão, de vez em quando criarei lendas de arrepiar e histórias bonitas que nos fazem refletir. E hoje eu vou falar sobre uma história que nos faz refletir.
Era um travesseiro. Sim, um travesseiro. Um travesseiro velho e mofado. Era esse o motivo de o menino ter raiva de tê-lo em sua casa. De família nobre, esse menino não queria ter aquele travesseiro velho e mofado em sua casa. Foi o travesseiro a causa de toda a nobreza e riqueza daquela família. Bem, isso porque, a um bocado de tempo atrás, um jovem chamado Nicolau Barros, criou um travesseiro. Sim. Um objeto em que pessoas poderiam colocar a cabeça em função de ter noites de sono confortáveis. Por causa disso, as autoridades lhe deram um prêmio chamado dinheiro. E, assim, geração por geração, em prol de toda aquela riqueza pelo invento do travesseiro, aquele objeto foi respeitado e nunca foi jogado na rua.
Mas este menino que se chamava Nicolau ( em homenagem ao criador do travesseiro) não suportava ver objetos velhos e mofados em sua casa. A casa vivia de um luxo só. Tudo era limpo. Nada era mofado. Nem o próprio lixo. Mas Nicolau passou para geração em geração uma carta que dizia mais ou menos assim: ''Atenção, a todos vocês, familiares: Esse meu primeiro travesseiro é sagrado. Ele tem que ser mantido para sempre, mesmo sujo e mofado. Assinatura: Nicolau Barros''.Era por isso.
Uma vez, aconteceu um fato inesperado, que provou que o travesseiro era mesmo sagrado para toda a família. No apartamento de seus pais, sem dó nem pena, Nicolau acabou jogando o travesseiro na rua. Sim. Exatamente uma altura de 50 metros. Só que o menino, em sua risada, acabou tropeçando e caiu. Isso mesmo. Caiu. Mas não aconteceu o pior. Aconteceu que o travesseiro amorteceu a queda de Nicolau. Graças a Deus, o menino não sofreu um ferimento sequer. Isso mesmo. Nenhum ferimento sequer, para a sorte da família, graças a Deus.
Em sua casa, já recuperado do trauma, o menino Nicolau contou a mãe e ao pai: ''Realmente o travesseiro é muito importante para a gente, não é, mamãe e papai?''. E a resposta dos dois foi um simples ''Sim''. Isso mesmo. Um simples ''Sim'' da parte dos dois.
Eles estavam certos ou errados?
É óbvio que estavam errados.
Isso mesmo.
Errados.
O menino Nicolau não teve coração suficiente para dizer que aquilo foi tudo graças a Deus. Nem muito menos os pais do garoto tiveram coração suficiente para dizer ''Não filho, você está errado. Foi tudo graças a Deus''. É. Pode até ser que aquele travesseiro foi a causa de toda aquela riqueza existente, mas aquela queda amortecida só aconteceu porque Deus quis. O menino nunca mais jogou o travesseiro, porque viu que ele foi a causa de toda a riqueza e importância da família Barros. Que pena que ele não viu o exato ponto do valor do travesseiro. Às vezes, como nesse caso, algumas coisas são nossos aliados nos momentos mais inesperados da nossa vida.
Até a próxima!
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