domingo, 5 de março de 2017

O Mulato - Resumo

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Geralmente, sempre posto as "partes 1 e 2" de cada livro que eu passe a ler/apreciar. No entanto, concluí "O Mulato" em questão de cinco dias, uma vez que adquiri a edição condensada do romance (uma compactação do livro original; porém, nada é alterado, só a questão do tamanho). A obra é da autoria de Aluísio Azevedo e retrata o quão preconceituosa era a sociedade brasileira da época para com os negros.

A história se passa em São Luís do Maranhão. Manuel "Pescada", já viúvo, tinha Ana Rosa como filha. Ela, por sua vez, esperara um pouco mais de atenção de seu pai para com ela, já que se tornara adulta e completamente sedenta por afeição. Ana Rosa vivia sob os cuidados de sua avó (sogra de Manuel), que, por sua vez, era rabugenta, sisuda e cruel. A menina tinha pequenos 'ataques' quando se lembrava de que, na sua vida, lhe faltava amor de todas as partes (não só do seu pai); por isso, para compensar essa falta de carinho, ansiava pela chegada de alguém que, porventura, mudaria sua vida para melhor por completo.

E esse 'personagem' tornou-se inesperado: Foi o seu primo Raimundo, filho do saudoso José Pedro da Silva (irmão do Pescada). Anteriormente, os dois já tinham se visto quando pequenos; no entanto, com a ida de Raimundo à Portugal por motivos peculiares, ambos perderam a proximidade que tinham um do outro - até que Raimundo retornou ao Maranhão. Motivo? Apenas negócios, uma vez que o mulato era um nobre comerciante (membro da classe mais alta de Portugal). Quando os dois se viram pela primeira vez, logo houve uma química mais forte entre eles (era a paixão chegando na vida daqueles jovens que, por ironia do destino, teriam uma vida mal-afortunada a partir dali).

Aos poucos, a paixão de ambos foi aumentando; e os empecilhos também. Manuel queria que a filha se casasse com o caixeiro João Dias, seu amigo de longa data e que também era louco de amor e ciúmes por Ana Rosa; o casamento era prometido (até que a menina encontrou o verdadeiro significado do amor, que logo lhe tiraria a vida). O cônego Diego, também amigo do peito do Pescada, fez de tudo para impedir a união dos dois (por alegar à todos que Raimundo era mulato e por ter medo que o próprio descobrisse a verdade da morte do pai, que fora premeditada e executada pelo cônego).

No fim das contas, quando Raimundo e Ana Rosa planejaram fugir para que os dois, finalmente, pudessem se amar em paz e livres daquele preconceito inaceitável que os dois (principalmente o mulato) enfrentavam, João Dias e Diego armaram uma emboscada que acarretou na morte do jovem - um tiro nas costas dado pelo caixeiro foi o suficiente para tirar a vida dele. Com a morte de Raimundo, logo Ana Rosa pôs-se a ter um daqueles ataques estéricos; dessa vez, este foi tão intenso que matou aquela pobre infeliz.

Com um final horrendo e triste, podemos perceber que essa obra-prima escrita por Aluísio Azevedo teve o intuito de mostrar o quão preconceituosas eram as pessoas naquele período em que a escravatura ainda existia e o racismo predominava. Podemos perceber o quanto a sociedade mudou o seu pensamento, por mais que atos e pessoas racistas ainda sejam encontrados no mundo.

Até a próxima!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Dom Casmurro - Final

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Desculpem-me pela ausência de postagens nesta página virtual (mais uma vez). Admito que tenho total parcela de culpa, já que estou de férias e, devido à muitas ocupações (traduzindo: lazer), fui 'impossibilitado' de elaborar mais uma crônica para vocês. Mil perdões. Sem mais delongas, vamos ao tema da vez: O romance "Dom Casmurro" foi lido por mim recentemente; portanto, vim por meio desta plataforma virtual redigir um resumo médio em relação à tal obra. Depois de ter concluído um dos livros do saudoso Machado de Assis, pude entender o quão ele foi importante para a estética romancista brasileira (me arrisco a dizer que o próprio revolucionou a literatura brasileira, nos fazendo contemplar suas inúmeras obras).

Na "parte 1", redigida recentemente, já conhecíamos parcela da história de Bentinho: O (até então) jovem fora prometido ao seminário por sua mãe, Dona Glória. Porém, pouco se dedicou à carreira eclesiástica, já que tinha em mente apenas Capitolina (ou Capitu), sua paixão de infância que só aumentara com o tempo. Mesmo diante de inúmeros empecilhos, o próprio contou com a ajuda do agregado José Dias para se livrar desse perrengue que tanto o incomodava. Assim sendo, poderia livremente se casar com a menina mulher que tanto amara.

Passado um tempo, José Dias conseguiu convencer Dona Glória de que Bentinho não tinha vocação alguma para a carreira eclesiástica; nessas circunstâncias, a mãe do jovem decidiu abrir mão da promessa que havia feito e preferiu aconselhar o filho (recomendou que o próprio seguisse uma carreira). Dom Casmurro formou-se em Direito e finalmente casou-se com Capitu. O tempo passara; Bentinho e Escobar tornaram-se grandes amigos, de uma aproximação indescritível. Capitolina engravidou de Bento; esse foi o ponto de partida para a desconfiança do jovem em relação à traição da mulher, já que o filho nascera idêntico ao seu melhor amigo.

Ao pensar que tinha sido adulterado, Bentinho pensou rapidamente em se matar; depois de tentativas em vão e por não ter coragem em continuar com esses pensamentos de suicídio em sua cabeça, se afastou de Capitu e seu filho (Escobar, por sua vez, já havia morrido por afogamento).Ambos morreram tempos depois. De todos os protagonistas dessa história, só restou o 'herói' anteriormente sonhador e posteriormente sisudo. Aquele que não escutou explicação alguma de Capitu e acreditou com todas as suas forças que tinha sido vítima de um adultério que, provavelmente, nem tivera acontecido. Diante desse mistério que marcou o romance, concluímos a leitura com o sabor de dever cumprido (já que não perdemos tempo lendo baboseiras, e sim uma belíssima história de um grande escritor).

Até a próxima!