Na "parte 1", redigida recentemente, já conhecíamos parcela da história de Bentinho: O (até então) jovem fora prometido ao seminário por sua mãe, Dona Glória. Porém, pouco se dedicou à carreira eclesiástica, já que tinha em mente apenas Capitolina (ou Capitu), sua paixão de infância que só aumentara com o tempo. Mesmo diante de inúmeros empecilhos, o próprio contou com a ajuda do agregado José Dias para se livrar desse perrengue que tanto o incomodava. Assim sendo, poderia livremente se casar com a menina mulher que tanto amara.
Passado um tempo, José Dias conseguiu convencer Dona Glória de que Bentinho não tinha vocação alguma para a carreira eclesiástica; nessas circunstâncias, a mãe do jovem decidiu abrir mão da promessa que havia feito e preferiu aconselhar o filho (recomendou que o próprio seguisse uma carreira). Dom Casmurro formou-se em Direito e finalmente casou-se com Capitu. O tempo passara; Bentinho e Escobar tornaram-se grandes amigos, de uma aproximação indescritível. Capitolina engravidou de Bento; esse foi o ponto de partida para a desconfiança do jovem em relação à traição da mulher, já que o filho nascera idêntico ao seu melhor amigo.
Ao pensar que tinha sido adulterado, Bentinho pensou rapidamente em se matar; depois de tentativas em vão e por não ter coragem em continuar com esses pensamentos de suicídio em sua cabeça, se afastou de Capitu e seu filho (Escobar, por sua vez, já havia morrido por afogamento).Ambos morreram tempos depois. De todos os protagonistas dessa história, só restou o 'herói' anteriormente sonhador e posteriormente sisudo. Aquele que não escutou explicação alguma de Capitu e acreditou com todas as suas forças que tinha sido vítima de um adultério que, provavelmente, nem tivera acontecido. Diante desse mistério que marcou o romance, concluímos a leitura com o sabor de dever cumprido (já que não perdemos tempo lendo baboseiras, e sim uma belíssima história de um grande escritor).
Até a próxima!
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