sábado, 10 de dezembro de 2016

Madame Bovary - Parte final

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Estou aqui de novo, meus amigos. Depois de cerca de um mês lendo "Madame Bovary", finalmente vou fazer a crônica que relatará um pouco sobre a parte final desse livro. Me sinto um pouco ousado por chamar esse texto que estou redigindo de "crônica", mas tudo bem (vamos encará-lo como postagem, risos). Sente-se em sua poltrona mais aconchegante, de preferência uma reclinável (e, se porventura você não tiver uma, fique em sua simples cadeira mesmo), e vamos embarcar juntos em mais uma aventura. Eu sei, essa introdução ficou bastante infantil. Às vezes preciso me recordar de que não sou mais uma criancinha de 10 anos; continuo sendo um moleque, agora de 14, mas que já tem capacidade o suficiente para escrever um texto com uma linguagem mais ampla e sem clichês chatos que sempre aparecem na introdução de livros didáticos ou até mesmo daqueles de historinhas de contos de fadas. Mas, enfim. Prosseguiremos agora.

Resumo breve (pra quem não acompanhou as partes 1 e 2 postadas aqui nesse humilde blog)

Conhecido como "o romance dos romances", o livro do saudoso escritor francês Gustave Flaubert ganhou tons de polêmica logo após ser publicado. Com críticas ao clero e principalmente à nobreza (se qualquer um ler, é só fazer algumas conjecturas para perceber isso), Flaubert tentou ser bastante profundo ao escrever essa obra-prima. Se essa foi a intenção, podemos dizer que ele realmente conseguiu. Porém, não quero me prolongar mais em relação ao objetivo dele ao escrever esse romance. Vamos direto à trama.

Emma Roualt, a princípio, era apenas uma jovem moça (antigamente internada em um convento) que queria viver uma história de amor de 'tirar o fôlego' - nos moldes dos keepsakes que a própria lia. Digamos que isso apenas não passou de uma tentativa. Depois de prestar cuidados ao sr. Roualt (pai da moça), o médio Charles Bovary logo se encantou pela sutileza e os traços peculiares de Emma. A pediu em casamento; ela aceitou. Foram morar em Rouen, uma cidade até que considerada 'pomposa' na França.

No entanto, a sra. Bovary (ela foi chamada assim, desde então, já que adotou o sobrenome do marido) não obteve êxito em sua tentativa de ser feliz ao lado do amado. Principalmente quando descobriu que o seu amado não era aquele homem. Para ela, Charles era patético, desprezível, acomodado; não tardou muito a se apaixonar por um escrivão dos arredores de Yonville I'Abbaye (Léon) - e ficou desapontada quando o próprio ingressou até Paris (ele também a amava, mas achava que não havia um sentimento recíproco). Não tardou muito para que o celibatário Rodolphe fosse atrás de Emma; e, no meio da realização de um seminário agrícola, finalmente pôde se declarar para ela. Porém, a enganou; deu apenas falsas esperanças amorosas. Por um breve momento, Emma estava em choque; se sentia sozinha, e nem mais se dava conta de Berthe (sua amada filha). 

Logo quando León voltou aos arredores de Yonville (cidade que Emma passou a residir junto com sua família), as 'aventuras' de Emma continuaram: O jovem escrivão se tornou amante dela. Ainda meio encantada com Rodolphe, tudo era maravilhoso para a sra. Bovary..

Eis que vem a cartada final.

Emma não pagou certas promissórias ao banqueiro da cidade, e logo a casa dela ia ser penhorada. Com medo de que seu marido descobrisse disso e da traição, pediu certos 'francos' para Léon e Rodolphe - ambos alegaram que não tinham; portanto, não haviam maneiras de ajudá-la. Com receio das consequências dessa dívida, acabou se envenenando de um elemento arsênico que ela encontrara no laboratório do sr. Homais; acabou se matando.

Depois de algum tempo, Charles acabou descobrindo toda a verdade e perdoou Rodolphe; León se casara com outra.

'Julgamento' de Emma

Eis que vem a parte crucial dessa 'resenha crítica'. A sra. Bovary errou em ter traído Charles ou acertou em tentar ser feliz? Ao meu ver, ela errou desastrosamente ao trair o marido. Devia ter pensado bastante na proposta de casamento do médico. Se a própria aceitou esse pedido, devia arcar com as consequências dessa união até o fim. Foi 'tomada' pela ilusão, simplesmente achando que o romantismo encontrado nos livros. Ah, mas a vida não é assim. Não há romance em demasia nem mesmo nos relacionamentos amorosos mais intensos. E a nossa 'pobre' Emma pecou em pensar dessa forma.

Que livro fantástico!

Fiquem com uma frase de Flaubert e até mais!

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