Depois de ter concluído a parte 2 desse filme maravilhoso de Gustave Flaubert, estou aqui mais uma vez para falar sobre tudo o que eu entendi dessa belíssima história. Apesar de estar muito óbvio que o vocábulo de Flaubert era riquíssimo e que, em alguns momentos, ficou difícil entender o que ele queria transmitir por causa de palavras pouco utilizadas no nosso dia a dia e até mesmo nos próprios livros em geral, o conteúdo do livro está fantástico. A Literatura Francesa ganhou 'outra cara' após o surgimento desse romance incrível. Mas, na verdade, quem sou eu para afirmar isso? Vamos prosseguir com a parte 2, sem maiores enrolações.
Na segunda parte de Madame Bovary, ficou ainda mais óbvia a vontade que Emma tinha de amar bastante o homem que ela realmente quer ter por perto... No entanto, é importante frisar que este 'marido dos seus sonhos' não é e nunca foi o sr. Charles Bovary. Apesar de todas as tentativas de Charles com o objetivo de conseguir o amor dela, o sr. Bovary não obteve êxito em sua difícil missão: Apesar de o casório ter ocorrido e tudo o mais, ela não sentia amor pelo médico; nem ao menos uma espécie de compaixão. O desprezo por aquele homem foi aumentando cada dia mais, e o humor alegre de Emma foi se esvaindo.
O casal, até então, morava em Rouen após o casamento. Porém, despertou em Charles o interesse de se mudar para Yonville I'Abbaye, uma cidadezinha simples da França. Foi lá que a sra. Bovary conheceu pessoas novas e de índoles duvidosas, como o farmacêutico Homais e a sua mulher e filhos; até que, um dia, ela teve o prazer de se tornar um pouco mais íntima de Léon, um escrivão que frequentava a farmácia do sr. Homais. É aí que vem uma parte do livro que o leitor precisa estar atento: O farmacêutico, por sua vez, critica o clero e expõe as diferentes visões de Deus dele (o próprio acredita no Deus de Voltaire e abomina o catolicismo). Certamente, Gustave queria mostrar a sua visão religiosa, mesmo afirmando que acreditava em um ser supremo. No meio disso tudo, eis que surge uma paixão recíproca entre a sra. Bovary e o próprio Léon. No entanto, ambos não tiveram a coragem de se declarar um para o outro; o jovem escrivão decidiu ir para Paris, achando que aquilo se tratava de uma mera paixão platônica. Engano o dele; Emma tentou ser fiel ao marido, mesmo sabendo que não sentia nada por ele. Após a saída do escrivão para a capital, ela se lamentou muito por ter escolhido esse triste futuro para ela. Na ocasião, a sra. Bovary já tinha uma filha - Berthe Bovary -, que estava principalmente sob os cuidados de Félicité, empregada da casa.
Emma estava bastante desiludida em relação ao amor, eis que o celibatário Rodolphe Boulanger chegou à cidade de Yonville, e foi durante a realização de um comício agrícola na cidade que ele pôde finalmente se declarar em sigilo para ela. A partir daí, Rodolphe explicou que, assim como os homens da época, as mulheres também tinham o direito de ter um amante. Engano o dele; nem a mulher como o homem têm o direito de trair seu marido ou sua esposa. Com base nessa afirmação do celibatário, Emma passou a ter um amante a partir daí; a paixão de ambos durou meses. Porém, Boulanger logo pensou em desistir desse relacionamento proibido - elaborou uma carta dizendo que não dava mais para permanecer com 'aquela loucura'.
Logo que soube da notícia, Emma caiu de bruços no chão e passou muito tempo se recuperando desse baque: Charles não sabia do que se tratava, mas mesmo assim realizou todos os procedimentos possíveis para que a sua mulher se recuperasse logo. Ela já estava completamente incrédula no amor; eis que Léon voltou para Yonville e, enfim, está tendo um caso com ela.
O que será que a parte final nos aguarda?
Veremos!
Até a próxima.
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